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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Estou na capa da magazine Abismo Humano! Lê a minha entrevista!

Estou na capa e contracapa da revista Abismo Humano nº 17. Vejam a minha entrevista e galeria de fotos, das páginas 6 à 16. Esta é uma edição especial com 70 páginas, e está cheia de artistas incríveis, portanto não deixem de conferir todo o conteúdo! :)


Printscreen da revista
Aqui fica uma transcrição integral da minha entrevista. Espero que gostem de ficar a conhecer-me um pouco melhor!

Nascida e criada no Alentejo, é em Lisboa atualmente que reside, estuda e exerce a sua arte. 
É estudante de Bioquímica, mas mais do que cientista, considera-se artista e é para a arte que vive. Música, bailarina e modelo, a nível amador, explora e aprende as artes performativas, pois criar e interpretar é o que a move: transmitir algo – uma mensagem ou um sentimento - através do corpo, seja com o movimento, a voz, a expressão facial, um instrumento musical, ou a imagem. 
No estudo e aperfeiçoamento destas faculdades e na criação e concretização de projetos artísticos encontra a sua plena felicidade e paz de espírito.

AH: Olá Diana. 
Diana Rosa: Olá!

AH: Como foi que veio a surgir a Diana Rosa que conhecemos enquanto artista e performer? 
DR: Falando de uma revelação a nível pessoal, e não necessariamente público, é um pouco difícil definir um ponto de partida a nível cronológico em relação ao meu surgimento enquanto artista, e dissociar o meu desenvolvimento artístico do meu desenvolvimento pessoal, pois é algo que tenho explorado intimamente desde que me conheço, ainda antes de ter sequer consciência disso. 
A Diana Rosa que conhecemos hoje é, portanto, o culminar de tudo o que aconteceu até aqui, pois não é um momento ou uma ação que me define enquanto artista, mas todo o processo. Os sonhos de criança, os anos dedicação em silêncio, os tímidos primeiros passos, os nãos que recebi, o investimento pessoal, as primeiras conquistas, a “fé” que depositaram em mim, as oportunidades e desafios que soube agarrar, o sair da zona de conforto e a aprendizagem constante e incessante. 
O meu eu artístico tem sido assim uma parte de mim que fui construindo e desenvolvendo ao longo da vida, associado, por um lado, a uma necessidade de canalizar os meus sentimentos para algo mais libertador, como um escape, por outro, à vontade sempre presente de me superar todos os dias, e por outro ainda, à vontade de produzir algo que toque as pessoas.

AH: Podes contar-nos do teu background na arte e na performance antes de decidires apresentar o teu trabalho artístico para o exterior? 
DR: Dado que me dedico a diferentes áreas artísticas, vou explicar a minha experiência em separado. 
A música foi a minha primeira grande paixão, e cantar tem sido praticamente uma necessidade diária, ao longo de toda a minha vida. Além de cantar bastante desde miúda, pelo prazer que me dava, desde cedo comecei a ter também o cuidado de me aperfeiçoar e de subir a fasquia. Sempre apreciei imenso vozes desafiantes, e sempre que um detalhe numa voz me fascinava, eu criava automaticamente o objetivo de conseguir fazer algo semelhante com a minha. Nunca quis ficar pelo mais simples. E foi assim que fui aprendendo a cantar, de forma totalmente autodidática, inspirada pelas vozes que me fascinavam, praticando e falhando muito até conseguir dominar essas nuances com a minha própria voz de forma segura e saudável e incorporá-las no meu próprio registo – algo que ainda hoje funciona assim. 
Para aprofundar a minha musicalidade e ser mais autossuficiente a nível musical, aos 13 anos resolvi ter aulas de guitarra clássica. Tive aulas regulares durante dois anos numa escola de música em Évora, com o contrabaixista Carlos Menezes. Foi uma experiência que me expandiu os horizontes para um novo mundo. No entanto, na altura era muito jovem e optei por uma vertente de curso livre, com muito pouca carga teórica, e hoje lamento não ter optado por uma formação musical mais sólida e nunca ter estudado teoria musical. 
Ao longo dos anos, fui ganhando alguma bagagem com pequenos concertos que fazia a solo ou com amigos, e integrei diversos projetos que me deram mais bases musicais e novos conhecimentos que me fizeram crescer imenso, como por exemplo, aos 18 anos, a Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico e o Coro da Universidade de Lisboa, entre outros. Eventualmente acabei por ter a minha primeira experiência como integrante de uma banda, mas só depois de dar vários concertos praticamente em segredo me senti preparada para assumir o meu papel enquanto música (compositora e intérprete) e começar a divulgar a minha atividade. É um processo que leva muitos anos a aperfeiçoar, pois o verdadeiro mestre é a experiência e a prática constante, e portanto nunca tive pressa em expor-me antes de sentir que tinha atingido um nível aceitável para tal. 
Já ao nível da dança oriental, a minha aprendizagem formal começou consideravelmente mais tarde, em 2011. Foi uma descoberta completamente aleatória, pois resolvi experimentar quase por acaso; no entanto, ela entranhou-se em mim e cresceu de tal forma que hoje não consigo imaginar a minha vida sem ela. Tive aulas regulares com as bailarinas Kahina Spirit e Susana Amira, as minhas principais professoras, por quem tenho uma admiração e gratidão enorme. Alguns anos mais tarde, a determinado ponto do meu percurso, e já no nível avançado de aprendizagem, senti necessidade de traçar o meu próprio caminho. Foi então que deixei as aulas regulares e passei a dedicar-me ao estudo desta arte de forma independente, com muita pesquisa individual autónoma, e frequentando sempre que possível workshops de conceituadas mestres, explorando diferentes estilos e temas, para enriquecer e completar a minha formação. Desta forma, até à data, acumulo aprendizagens com as bailarinas Paula Dahab, Judite Dishlad, Cris Aysel, Sara Naadirah, Sahara Zaki, Maria João Soares, Sara Toscano e Lucília Baleixo, mas tenho o desejo de absorver conhecimentos de muitos outros grandes mestres da dança no futuro. 
A minha experiência de palco nesta área advém, em parte, do background que já tinha da música, mas essencialmente do período em que fui aluna da Susana Amira e integrei o seu grupo de dança Raqs Amira. Com este projeto acumulei imensa experiência que me deu uma bagagem essencial para desenvolver os meus projetos artísticos pessoais e iniciar assumidamente a minha carreira como solista. 
Para concluir, o modeling surgiu na minha vida pela primeira vez em 2012. Acabou por ocorrer e se ir desenvolvendo naturalmente, sobretudo como consequência da minha experiência e rede de contactos adquiridas nas atividades que referi anteriormente. Não tinha grandes bases, então meu percurso nas artes performativas foi mesmo o meu principal background para conseguir expressar-me desta forma. 
Há, no entanto, um nome neste meio que tenho de salientar, pois foi uma pessoa que me ensinou muito: David Simões, ex-modelo português dos anos 90, e diretor da agência DXL Models. Prefiro não comentar a experiência que tive com esta agência, porque não foi positiva e deixou-me muito de pé atrás com este universo na sua vertente profissional, no entanto, acredito que até das piores experiências retiramos algo de bom, e sendo este caso um excelente exemplo disso, é nisso que prefiro focar-me. E, de facto, de forma informal e imprevista, no decorrer de uma sessão fotográfica seguida de uma longa conversa, o David Simões passou-me um grande input e ensinamentos bastante importantes sobre diversos aspetos inerentes a esta atividade, quase como se de um workshop de tratasse, e ainda hoje considero que essa conversa foi uma enorme base para mim.

AH: Sabemos que cantas em 11th Dimension, uma banda de metal alternativo. Como veio a surgir este projecto, e como veio a tomar a sua forma de expressão? 
DR: As bases desta banda surgiram há algum tempo atrás, num outro projeto sem nome, com um estilo musical bastante diferente. Na altura em que entrei para essa banda, conheci, entre os 5 elementos constituintes, o Pedro, a Filipa e o Carlos, que são agora os meus colegas em 11th Dimension. 
Após alguns conflitos internos, nós os quatro decidimos abandonar esse primeiro projeto e formar algo nosso, com que nos identificámos mais. Por outro lado, de certa forma, sentíamos que antes disso precisávamos de evoluir musicalmente e ganhar alguma experiência ao vivo. Então, em 2011, formámos inicialmente um projeto de covers rock, Thorns, que ao longo dos dois anos que se seguiram nos deu tudo isso que pretendíamos e muito mais, porque acabou por fazer de nós uma família. 
Em 2013, sentimos que chegara finalmente a hora de subir a fasquia e explorar o nosso próprio som, e então assumimo-nos como 11th Dimension, projeto de originais de metal. O desafio inicial foi aprendermos como conciliar as influências, o estilo e os gostos musicais de cada um e fundir tudo isso de forma harmoniosa, o que não se revelou muito fácil; mas contornado esse obstáculo, conseguimos encontrar um caminho e criar o nosso próprio estilo.

AH: Também sabemos que tocas guitarra e és a guitarrista dos Thorns, tens planos futuros para a guitarra? 
DR: O facto de mencionares os Thorns é pertinente, na medida em que nunca anunciámos um final oficial para o projeto, mas como descrevi na questão anterior, esta banda acabou por ser um processo, um intermediário necessário para atingirmos um outro fim. Uma vez atingido esse fim, sentimos que já não fazia sentido continuar, e portanto optámos por canalizar o nosso tempo e as nossas energias apenas para os 11th Dimension. 
Nos Thorns eu tocava guitarra elétrica, mas a minha verdadeira paixão é a guitarra clássica. No entanto, o facto de ter demasiadas coisas importantes para conciliar na minha vida leva-me a ter de abdicar de algumas outras coisas importantes, e a guitarra foi uma delas. Na verdade, deixei de tocar guitarra há cerca de dois anos, e sinto-me como se me tivesse afastado de um amigo de infância, como se tivesse deixado que os laços que tinha com um cúmplice esvanecessem no tempo. Sinto também que desaprendi e “enferrujei”, e que tudo isto tem vindo a causar-me um remorso cada vez maior. 
Em relação a planos futuros, eu gostaria mesmo muito de quebrar este gelo, de ganhar coragem para voltar a pegar na guitarra e de conseguir tempo para tocar com alguma regularidade. Mas tocar para mim, em casa, sozinha. Estudar algumas peças, definir alguns objetivos de treino, ou então simplesmente tocar o que me apetecesse… Isso iria fazer-me tremendamente feliz, e tem uma importância muito maior para mim do que voltar a dar concertos de guitarra ao colo.

AH: Na dança, dirias que foste inspirada por outras bailarinas ou bailarinos? Alguém que te tenha ensinado ou que tenhas visto dançar te iluminou de forma especial? 
DR: Sim, sem dúvida alguma, a começar pelas minhas professoras, Kahina Spirit e Susana Amira, que ainda hoje são das pessoas que mais me inspiram. Mas sou louca por um monte de bailarinas de dança oriental, principalmente (mas não exclusivamente) na vertente mais clássica e menos fusionada desta dança. 
A nível nacional: Sara Toscano, Cris Aysel, Paula Dahab, Raquel Eilid, Sabina, Sara Salazar, Francisca Irina, Bárbara Ramos. A nível internacional: Jillina, Saida, Ju Marconato, Esmeralda Colabone, Sadie Marquardt, Natália Piassi, Alla Kushnir, Kahina, Aryana Rebelo, Irina Akulenko, Sherena.

AH: Tu dás aulas de iniciação à Dança Oriental no Clube Atlético de Arroios. Há algumas características em específico que gostas de transmitir às tuas alunas? Como achas que te vêem? 
DR: Há imensas coisas que faço questão de lhes transmitir, à parte da mera técnica física. Gosto de lhes transmitir que somos capazes de tudo, se nos propusermos a trabalhar para tal; gosto de incentivá-las a gostarem de si mesmas e a valorizarem quem são; gosto de lhes gerar curiosidade sobre o contexto cultural desta dança; gosto de lhes recomendar as grandes mestres que me inspiram, para que possam expandir também as suas fontes de inspiração; gosto de lhes incutir uma atitude humilde, mas que celebre cada pequeno passo; e gosto sobretudo de lhes proporcionar uma hora agradável onde não entram as preocupações e o stress do dia-a-dia, enquanto estão na minha aula. 
Como elas me vêem eu não sei, mas espero que me vejam como uma colega. Digo-lhes muitas vezes que sou também uma aprendiz, porque é isso que eu sou, no fundo. As aulas são uma forma de crescimento conjunto, delas e meu.

AH: Se tivesses de lhes transmitir alguma coisa nesta entrevista, o que seria? 
DR: Gostaria de lhes dizer que tenho a maior gratidão pela confiança que depositam em mim, que tenho o maior respeito por deixarem tudo naquele momento para estarem presentes na minha aula, e que os seus olhares sorridentes e curiosos são a minha motivação para trabalhar cada vez mais e melhor.

AH: Se não estou errado moraste no Alentejo - a minha zona favorita de Portugal - até aos dezoito anos, mudando-te para Lisboa em ordem a desenvolver os teus sonhos. O meu processo foi um pouco o contrário, tendo-me mudado da cidade para o campo. Como se sucedeu a tua integração na capital? O que foi fácil e o que foi difícil? 
DR: Exatamente; vivo em Lisboa há 8 anos. É verdade que venho de um meio totalmente diferente, e sinto-me muito grata por ter tido a sorte de passar toda a minha infância e adolescência num ambiente tão saudável. Fui nascida e criada numa pequena aldeia no campo, e não poderia ter sido mais feliz de outra forma. No entanto, cheguei a um ponto em que senti que já não havia mais nada para mim ali, que iria ficar de asas cortadas se lá permanecesse. 
E assim, a minha adaptação à capital foi extremamente fácil e natural. O mais fácil foi a solidão, que para mim é sinónimo de privacidade e de paz – um tipo de paz que é impossível conseguir numa aldeia pequena. Na verdade, não consigo lembrar-me de nada que possa considerar que tenha sido propriamente difícil, a não ser a adaptação ao ruído constante da cidade, talvez. Em Lisboa sinto que estou no meu lugar e não tenho intenções de mudar de pouso. Gosto de toda esta agitação, e de todas as oportunidades que cá estão. No entanto, todos os meses regresso pelo menos uma vez às minhas origens, e faz-me bem toda aquela tranquilidade do Alentejo, o seu céu estrelado quase surreal, e o calor da família para repor as energias. É assim que encontro o meu equilíbrio.

AH: Do que gostas mais em fazer parte de um meio artístico? 
DR: Gosto do fluxo de ideias, da ousadia, da leveza, das mentalidades abertas, da coragem de explorar o intocável, da capacidade que as pessoas têm para sonhar, para ver algo lá mais à frente que não se sabe bem o que é, mas que ainda assim anseiam. 
Pertencer a uma comunidade artística só tem um defeito: ficamos mal habituados. Porque quando caímos na real, as pessoas com as quais temos de nos relacionar no dia-a-dia muito provavelmente não são assim. E tenho algum receio de soar pretensiosa ao dizer isto, e portanto quero frisar que isto não significa que os artistas sejam seres superiores aos demais, apenas têm uma forma diferente de pensar e de encarar a vida, e eu relaciono-me melhor com essa forma.

AH: Recomendarias outras pessoas a tentar esta via? 
DR: Sim, sem dúvida. Mas é preciso querer correr o risco. Porque no nosso país muito poucos conseguem ter a sorte de poder ser “apenas” artistas, e portanto é inevitável ter de conciliar todos os nossos projetos artísticos com outra atividade que nos sustente. E assim, ser artista é ter de ser um cidadão normal, que tem os seus deveres e obrigações, que trabalha ou estuda ou faz ambos, que tem uma família e uma casa para cuidar, mas que no final do dia não resiste à ânsia de criar, de ensaiar, de montar um projeto, um conceito. E quando entramos neste caminho pelo nosso próprio pé e começamos a subir os degraus desta escada, e gostamos do lugar para onde ela nos leva, o nosso cérebro nunca mais pára, e o nosso corpo nunca mais nos deixa descer os degraus e voltar a ser quem éramos. É uma jornada para a vida, que por vezes nos consome demasiado, nos leva a ter de abdicar de muitas outras coisas e nos traz muitas frustrações, mas sabemos que precisamos dela para respirarmos, e que esta loucura saudável é o que nos dá alento para tudo o resto. 
Assumido este risco, sim, recomendo a toda a gente que sinta esse apelo dentro de si a agarrar esta loucura, que ao mesmo tempo é um escape para a nossa sanidade.

AH: Como é posar para a fotografia? Algum momento de transcendência que queiras partilhar? 
DR: Para mim, pousar para a fotografia tem essencialmente duas fases: uma de adaptação e outra de libertação. Nos primeiros minutos eu sinto-me sempre meio bloqueada e preciso de levar o meu tempo para criar empatia com o fotógrafo, para me soltar, para incorporar a personagem e finalmente me transcender. Depois, quando me permito esse desprendimento do eu, torna-se um processo agradável e divertido até, que resulta da simbiose de ideias e de energias entre mim e o fotógrafo. Com alguns essa simbiose funciona melhor do que com outros, e nem sempre é tão fácil de atingir. 
Sinto que o trabalho que fiz que teve um impacto mais forte na minha personalidade foi o mais recente – um ensaio de nu artístico na água, com a fotógrafa Leonor Ribeiro. Foi a primeira vez que explorei um conceito desse género, e para mim teve um papel duplamente importante. Por um lado, fez-me sair do meu registo habitual, temático, fantasioso, mais etéreo e élfico, para um campo mais cru e minimalista, onde a personagem era eu mesma, completamente desarmada. Por outro lado, o facto de fotografar em nu acabou por tornar-se um processo super importante para a minha autoaceitação. Antes de o fazer, já tinha sensação de que deveria ser algo muito libertador, mas mais do que isso, foi catártico. Assim que entrei na água, a simbiose entre mim e a Leonor foi praticamente imediata, e acho até que nunca tive tanta facilidade em soltar-me; além disso, a água serviu-me de suporte físico para me expressar e de matéria para levitar o corpo e a mente. Deu-me equilíbrio. Adorei trabalhar com a Leonor e adorei todo este processo, bem como o seu resultado. 
Esta experiência ensinou-me que tudo pode ser mais simples se eu for apenas eu, sem barreiras quer físicas quer psicológicas. Tornei-me uma mulher mais forte depois desse dia.

AH: Também entraste em videoclips e curtas metragens? 
DR: Sim, são trabalhos que vão ocorrendo mais esporadicamente. Infelizmente, alguns deles ainda não tive oportunidade de divulgar convenientemente – porque ou se tratam de projetos que ficaram na gaveta, ou então que já seguiram para os seus fins, mas que ainda não foram oficialmente divulgados para o público em geral por parte dos seus criadores, como por exemplo um trabalho que foi realizado para o Porto Fashion Film Festival, selecionado para a competição de filmes de autor. 
Outros, foram já publicados: o videoclip do tema Mais Um Dia da Ana Figueiredo (ex-Homens da Luta e Muri Muri), onde atuo como bailarina; a curta-metragem The Moment of Home, em que interpreto a principal e única personagem, que foi realizada no âmbito da prova de aptidão profissional de dois jovens estudantes nas áreas da fotografia e multimédia (Miguel Berro e Catarina Pitta) e tem como principal foco a exibição de um conjunto de técnicas e conhecimentos adquiridos pelos mesmos no decorrer do seu curso profissional, através do desenrolar de uma história; e também um anúncio publicitário de uma marca conhecida para a Polónia, onde tive um pequeno papel. 
Tenho um curriculum ainda curto nesta vertente mais de acting, mas é uma área que gostaria imenso de explorar mais, pois é muito desafiante.

AH: Quais os teus melhores momentos em palco - enquanto bailarina e enquanto vocalista? 
DR: O palco para mim funciona sempre como um êxtase. E nesse sentido, recordo-me de um concerto de 11th Dimension que foi para mim dos mais marcantes. Aconteceu no Porto, no Metalpoint, em Dezembro de 2014, e foi na terceira edição do festival Ladies First. Senti que essa noite teve um ambiente muito especial, o momento de palco foi particularmente extasiante para todos nós, e foi daquelas noites em que fiquei sem saber de que lado do palco gostei mais de estar, porque os concertos das restantes bandas - Cinemuerte, Inner Blast e Monolith Moon - foram fenomenais. Assisti ao concerto de Cinemuerte como uma verdadeira fangirl, completamente emocionada; as restantes bandas na altura não conhecia tão bem, mas foi fantástico porque além de ficar super fã de ambas, fiquei também com uma relação muito especial com alguns dos seus elementos. Trago novas relações de amizade dentro de mim desde esse dia. E isso foi a cereja no topo do bolo para uma noite que me proporcionou um momento de palco tão marcante. 
Enquanto bailarina, marcou-me particularmente um espetáculo privado que dei em Castelo de Vide, para o grupo scootard CPM (Clube Português de Maxiscooters). O meu espetáculo encerrou a primeira noite dessa saída de fim-de-semana do grupo. Acontece que eu não cheguei lá simplesmente à hora do evento para atuar e vir embora, pois como o local era muito longe e a saída era organizada por amigos meus, acabei por integrar o grupo nas atividades desse dia, desde a longa viagem na caravana de motas, à passagem da noite no hotel onde decorreu a atuação, passando ainda pelo piquenique na serra e o passeio na vila durante a tarde. O CPM é um grupo de pessoas extremamente acolhedor, atencioso e animado, e após todo este convívio com eles, a noite da atuação foi ainda mais especial. Mas mesmo sem todos os momentos que a antecederam, essa atuação seria sempre marcante para mim, pois o CPM é dos públicos mais animados e interativos que um artista pode ter. Este foi o espetáculo mais longo que dei a solo, e exigiu de mim uma energia tamanha, sobretudo ao nível da sua preparação, mas a alegria e o calor que recebi deste público pagaram tudo isso e muito mais. Foi extremamente gratificante.

AH: Projectos futuros? 
DR: Felizmente, há muitos projetos que irão decorrer, a médio prazo. Tenho mais algumas colaborações na manga com colegas artistas, nos três ramos artísticos que exploro, mas… Não posso revelá-los ainda! Fiquem atentos à minha página de Facebook, pois estou sempre a partilhar lá tudo o que acontece em torno dos meus projetos.

AH: Muito obrigado. :) 
DR: Agradeço imenso esta oportunidade à Abismo Humano. Foi um desafio que me fez viajar até ao meu âmago para explorar as questões colocadas. Espero que tenham gostado de conhecer mais um pouco de mim!

domingo, 15 de novembro de 2015

Próximo concerto dos 11th Dimension: dia 21 de Novembro!

11th DIMENSION apresentam: LEGACY OF CYNTHIA + 11th DIMENSION + MONOLITH MOON @ Casa da Árvore!!!



Os 11th Dimension organizam o seu primeiro mini-fest, e para torná-lo memorável convidaram duas das bandas do underground nacional com uma sonoridade mais distinta: Legacy of Cynthia e Monolith Moon.

O evento terá lugar na Casa da Árvore, para que todos se sintam realmente em casa neste que é também o palco do já conhecido festival Salamandra em Chamas. O ambiente acolhedor e místico deste lugar transforma as noites de música e convívio em histórias, e queremos fazer da noite de 21 de Novembro mais uma história para recordar.

As portas abrirão às 20:00 para que a música comece meia hora depois, impreterivelmente!! E para que o estômago não se queixe da hora, poderão contar com as famosas tostas da Casa da Árvore e muita bebida a um valor tão simpático quanto a própria casa e o seu staff.

- Abertura de portas: 20:00
- Início dos concertos: 20:30 (sem falta!)
- Local: Casa da Árvore - Salamandra Dourada Azinhaga da Cidade, 1750-064 Ameixoeira, Lisboa (mesmo em frente ao metro da Ameixoeira) GPS: 38.779395, -9.159180
- Contribuição: 3,5 Dimensões
- Alinhamento: Monolith Moon / 11th Dimension / LEGACY OF CYNTHIA

Como se trata de um local reservado a sócios, os visitantes deverão trazer o seu cartão de associado. Para quem ainda não tem, poderá fazê-lo à entrada sem qualquer custo adicional.


Evento com apoio: Salamandra Dourada | ROCK 'N' RAW estúdios | Songs for the Deaf Radio | Arcadia Studios | ROCKNRADIO | Goth'n'rock Productions | Via Nocturna (http://vianocturna2000.blogspot.pt/)

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